sábado, 24 de abril de 2021

MAJOR IVALDO RIBEIRO DANTAS

 



IVALDO RIBEIRO DANTAS, natural de São José de Mipibú-RN, nascido em 1913, foi um militar do Exército Brasileiro. Major Ivaldo, então 1º sargento, da 8ª Companhia do 11º regimento de Infantaria (REGIMENTO TIRADENTES), da Força Expedionária Brasileira – FAB

FONTE - WIKIPÉDIA

IVALDO RIBEIRO DANTAS – 8ª CIA DO 11º RI

 




 

 

Agraciado com condecorações Bronze Star (recebida por sua conduta no ataque a Serreto),  Cruz de Combate de 1a classe e Cruz de Combate de 2a classe.

Nascido no Estado do Rio Grande do Norte, em 1913, Ivaldo Ribeiro Dantas ingressou no Exército Brasileiro em 1931, aos 18 anos, como soldado para prestar o serviço militar obrigatório, tendo sido destacado para o 29º Batalhão de Caçadores, em Guararapes, Pernambuco.

Foi soldado-sapador, cabo de esquadra e cabo rádio-telegrafista, escrivão do Conselho de Justiça Militar, trabalhou em enfermaria, companhia de metralhadoras e intendência, tendo sido promovido a 1º sargento em 1941.

Em 1944 servia no 12º Regimento de Infantaria, de Juiz de Fora (MG), quando, aos 31 anos de idade e 13 anos de serviço ativo, foi transferido para a 8ª Cia do 11º Regimento de Infantaria Expedicionário (Regimento Tiradentes), de São João del Rey (MG), às vésperas do embarque da Força Expedicionária Brasileira com destino ao Teatro de Operações da Itália.

Em setembro deste ano embarcou no Navio Transporte de Tropas General Meigs, juntamente com as demais praças e oficiais do 11º RI, compondo o segundo escalão da FEB (Grupamento General Falconiere) que se deslocou para a Itália, chegando ao porto de Nápoles em 06 de outubro.

Quatro dias depois partiu em uma barcaça do tipo Landing Craft Infantry (LCI), da Marinha dos EUA, até Livorno e de lá foi transportado para o “staging área” de San Rossore, a oeste da cidade de Pisa, onde iniciou intenso período de instrução.

Em novembro de 44, com o 11º RI já integrado à Infantaria Divisionária, teve o seu batismo de fogo. Sargenteante da 8ª Cia do III Batalhão, Ivaldo Ribeiro Dantas participou do ataque a posições situadas ao norte de Bombiana.


 

Apesar de a ação ter sido precedida de uma longa marcha noturna desde Silla, sem descanso e sob forte chuva, lama e intenso frio, a missão foi cumprida, tendo o batalhão registrado nessa jornada cinco mortos e vinte e três feridos. Desse total, a companhia a que pertencia (8ª Cia) perdeu três homens atingidos fatalmente e outros oito feridos.

Na ocasião desse ataque, o sargento Ivaldo auxiliou diretamente o comando da companhia atuando na ligação direta entre o comando do batalhão e dos pelotões, vez que as transmissões da 8ª Cia tinham sido interrompidas devido à ruptura dos fios telefônicos pelo bombardeio inimigo. Não obstante ter sido arremessando a dois metros de altura pelo sopro de um projétil da artilharia alemã, refez-se e passou a orientar o remuniciamento da companhia, o mantendo em ritmo sempre crescente.

Ao final dessa ação assumiu voluntariamente o comando do pelotão de petrechos da companhia, função que exerceria por três meses até assumir o comando do terceiro pelotão de fuzileiros da 8ª companhia.

No desenrolar da campanha, assumiu posição juntamente com seu pelotão de petrechos em Capela di Ronchidos, na região de Gaggio Montano, dispondo suas metralhadoras pesadas e morteiros em apoio à defesa daquele setor, antes defendido por soldados norte-americanos e, em seguida, ocupado pelos soldados do III Btl do 11º RI.

Nesse período, o 1º sargento Ivaldo Ribeiro Dantas empenhou-se nas tarefas de organização do terreno, cuja realização mereceu elogios dos seus superiores. Chegou a construir, juntamente com seus homens, um intrincado sistema de túneis visando à ligação segura entre as posições de morteiros e metralhadoras, bem como facilitar o remuniciamento das armas.

Durante a permanência da 8ª companhia nessa região, além das tarefas específicas à frente do seu pelotão de petrechos, também tomou parte de diversas patrulhas defensivas e de esclarecimento.

Em Montilocco, pequeno aglomerado de casas a sudeste de Ronchidos, o sargento Ivaldo teve atuação destacada, juntamente com os demais elementos da 8ª companhia do III Batalhão, na defesa daquela posição durante forte ataque alemão desferido na noite de 2 para 3 de janeiro de 1945. *1

Por sua conduta nessa ação foi agraciado com uma “Citação Especial de Combate” pelo Comandante da FEB, general Mascarenhas de Moraes, além da Cruz de Combate de 2ª classe.*2

Em fevereiro assumiu o comando do 3º pelotão, da 8ª companhia e, após breve período estacionado em Gaggio Montano, na reserva da Divisão, tomou parte do ataque a Montese, cabendo ao seu pelotão progredir no eixo de ataque Serreto e Cotas 927 e 888.

Segundo o relatório de combate do III Btl, nesse ataque a 8ª Cia teve sua progressão muito dificultada não somente pela resistência inimiga na cidade de Montese, como também por extensos campos minados e pela pesada artilharia e morteiros inimigos.

Ivaldo, apesar dessas dificuldades e de ainda ter que retardar seu ataque e desviar seu pelotão a fim de cooperar na limpeza das resistências inimigas nas orlas este e sudeste de Montese (até a chegada de elementos do 6º RI), conseguiu levar seu pelotão ao objetivo, participando e contribuindo para a captura de Serreto pela 8ª Cia.

Seu desempenho nos ataques a Serreto e cota 927 lhe rendeu a Cruz de Combate de Primeira Classe e ainda a condecoração norte-americana Bronze Star, ambas por bravura em combate.

Cumprida sua missão na região de Montese e entorno, o 1º sargento Ivaldo e seu pelotão saíram de linha na região de Campo del Sole,  juntamente com a 8ª Cia, a fim de reajustar efetivos e equipamentos.

Vencida a batalha por Montese, restava ao inimigo a fuga pela planície do Pó e à FEB a sua perseguição e a ocupação do terreno por ele deixado às pressas.

Nessa corrida, Ivaldo e seus comandados do 3º pelotão passaram pelas localidades de Torrachia, Iola, Salto Martino, Zocca, região de Monte Orsello, Marano, Vignola-Castelvetro, Maranello, Fiorano, Sassuolo, Scandiano, Quatro-Castello, Maiático e Respício, ocupando o terreno abandonado e seguindo sempre no encalço do inimigo.

Em 3 de maio de 1945, o 1º sargento Ivaldo Ribeiro Dantas e os fuzileiros do 3º pelotão chegaram a Alessandria, a fim de reunirem-se ao regimento.

Pouco depois, em 11 de maio, foi transferido para a Companhia de Comando do III Batalhão, por conveniência do serviço.

Finalmente, em setembro, deslocou-se com o regimento, para bordo do navio General Meigs, tendo esse transporte desatracado do porto de Napoli, com destino ao porto do Rio de Janeiro.

De volta ao Brasil, permaneceu no Exército até ir para a reserva em 1953, no posto de major R/1.

*1 A defesa de Montilocco e outras destacadas ações da 8ª Cia do III Btl do Regimento Tiradentes – uma das companhias mais aguerridas da FEB – foi retratada no excelente livro “Segundo pelotão, 8ª Companhia”, escrito pelo veterano Agostinho José Rodrigues – que nessa época era tenente, comandante do 2º pelotão. O veterano Ivaldo é citado em algumas páginas da obra e teve contato direto com o autor durante a guerra.

*2 “Citação Especial de Combate” (pelo excelentíssimo senhor general comandante da Força Expedicionária Brasileira) “primeiro sargento quatro G – vinte e dois mil setecentos e oitenta e cinco, Ivaldo Ribeiro Dantas, do estado do Rio Grande do Norte, do onze regimento de Infantaria – Em vinte de janeiro de um mil novecentos e quarenta e cinco, no ponto de apoio de Montilocco, em noite escura, os alemães lançaram um forte golpe de mão visando isolar esse ponto chave da defesa do sub-quarteirão. Sem demora o sargento Ivaldo reage acionando todos os elementos da defesa. Repelido o inimigo, lançou-se em sua perseguição, assegurando dessa maneira a integridade absoluta da posição. O destemor, a combatividade, a tenacidade, o senso de responsabilidade do sargento Ivaldo destacam-no como belo exemplo aos nossos combatentes da Itália”.

FONTE – PORTAL FAB 

DIPLOMA DA CRUZ DE COMBATE (2ª CLASSE)

 



O presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, resolveu, de acordo com o Decreto de 21 de janeiro de 1946, conceder a Cruz de Combate de Segunda Classe ao 1º Sargento do 11º R.I. IVALDO RIBEIRO DANTAS .- As posições de Montelocco foram pesadamente bombardeadas na noite de 2 para 3 de janeiro de 1945, durante 30 minutos e, logo após, assaltada impetuosamente, quando o 1º Sargento IVALDO, então Cmt. de um Pel. da 8ª Cia , com calma, sangue frio, decisão e uma coragem tranqüila acionou prontamente os seus elementos e, após rechassar o inimigo, avançou destemerosamente, com apenas 2 elementos do pelotão, a uns 150 metros à frente das posições, possibilitando assim a melhor orientação do tiro de Artilharia. A ação do Sargento IVALDO nessa jornada foi de tal ordem, que o Cmt. do seu Btl, no elogio que lhe fez afirmou: – “ele foi para a tropa de Montelocco o esteio moral da defesa”.

No ataque a Serreto, o Sargento IVALDO foi, com seu pelotão, o elemento de que dispôs o Cmt de sua Cia para manobrar as resistências que já detinham dois de seus pelotões. O Sargento IVALDO à frente dos seus homens, e com uma audaciosa coragem, lança-se corajosamente sobre casamatas inimigas, destruindo e aprisionando suas guarnições. Foi o primeiro elemento que conseguiu entrar no ponto forte de Serreto, possibilitando assim que sua Cia pudesse atingir seus objetivos. Sobressaiu-se sobre todas as ações sobre a cota 927, onde o Sargento IVALDO avançou impetuosamente, conseguindo quase chegar à distância de assalto das casamatas alemãs e, com apenas cinco homens do seu pelotão, causou forte baixa ao inimigo que, julgando tratar-se de um forte ataque, desencadeou sobre estes elementos o poder da sua artilharia. Graças à coragem e sangue frio deste bravo Sargento foi possível o retraimento, com a perda de apenas um homem.

Colaborador: Sidney Dantas

PORTAL FAB

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